Depois de 33 anos de serviços prestados ao Departamento Estadual de Trânsito do Espírito Santo (Detran|ES), a servidora Arneida Coutinho Carvalho Boniatti se aposentou no último dia 28 de fevereiro. Ela era a responsável pelo teatro de fantoches apresentado às crianças nas atividades educativas do Órgão e também já trabalhou como telefonista de PABX quando entrou no Detran|ES, após ser contratada numa seleção inclusiva de dez pessoas com deficiência.
Arneida tem baixa visão, mas a limitação visual nunca foi impedimento para que ela executasse suas atividades da melhor forma tanto no trabalho quanto na vida pessoal. Além do Detran|ES, onde utilizava um computador com acessibilidade em áudio, ela faz trabalho voluntário no Instituto Luiz Braille, voltado para a qualidade de vida dos deficientes visuais, e também é atuante na área de educação especial. Na casa onde vive com o marido, que também é deficiente visual, e o filho de 13 anos, ela faz, ainda, todas as atividades domésticas.
A servidora considera que, para ocupar o seu lugar na sociedade, a mulher tem que ser dinâmica. “Eu tenho minha limitação visual, mas acredito que a sociedade vai me ver da forma como eu me posicionar. Não me escondo atrás dessa deficiência, encaro de frente. Para fazer a inclusão de verdade, as empresas devem tratar as pessoas com qualquer deficiência como profissional e não como deficiente e cada um deve se mostrar capaz de realizar aquelas atividades para as quais foi contratado. Eu preciso de algumas adequações para realizar o meu trabalho, como o computador adaptado, mas isso nunca me impediu de exercer as minhas funções. A tecnologia pode nos ajudar muito”, afirmou.
Arneida conclui suas atividades no Detran|ES com a sensação do dever cumprido. “Encerro mais um ciclo em minha vida e tenho um carinho por todos do Detran que me ajudaram e sempre estavam colocando seus “olhos” a minha disposição. Chego hoje com a certeza de que consegui cumprir bem minha missão aqui e ter sucesso nesta empreitada”, disse.
Ela lembra ainda, que a inclusão não é importante apenas para o deficiente, mas também, para os colegas. “Mas este sucesso não é mérito só meu, mas sim de todos que trabalharam comigo. Tudo serviu para um grande aprendizado para todos, o sentimento que tenho hoje é de gratidão. Entrei no Detran com muitos medos e tendo que enfrentar muitos desafios, mas hoje saio sentindo-me forte, com a sensação de dever cumprido e deixando um grande aprendizado no que diz respeito à inclusão de uma pessoa com deficiência. Sou muito grata por tudo que pude aprender para desenvolver meu trabalho aqui no Detran”, frisou.
Mulher, servidora, voluntária, esposa, mãe, Arneida Coutinho Carvalho Bonitatti fez história no Detran|ES e continuará a fazer na vida das pessoas que convive e ajuda.
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