O Ministério das Cidades, por meio do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), e o Ministério da Saúde lançaram a campanha “Ajude a salvar nossas crianças. Cuide delas no trânsito”. Em todo o país, os acidentes de trânsito foram responsáveis por 29,3% das mortes de crianças de até nove anos de idade no ano passado. No Espírito Santo, desde 2003 o Governo do Estado, por meio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-ES), vem promovendo ações de conscientização que atingem o público infantil. “Temos uma preocupação real com segurança de nossas crianças, por isso desenvolvemos as campanhas da faixa de pedestre e do transporte escolar”, afirmou a diretora geral do Detran-ES, Luciene Becacici.
A campanha vai ao ar no rádio e na televisão, em todo país. Foram produzidos quatro filmes que trazem dicas importantes para a prevenção de acidentes de trânsito envolvendo crianças. Para o rádio, foram criados três spots e um jingle que tratam dos temas da campanha: Criança no carro, criança pedestre, brincadeira de rua e bebida e direção. Além disso, a campanha ganha as ruas das cidades brasileiras também, com outdoors, anúncios em ônibus e cartazes. As mensagens são voltadas para o público adulto mas quem fala são personagens de histórias infantis.
Do total de crianças vítimas do trânsito, a maioria morre por atropelamento (50,8%) e por acidentes com ocupantes de automóveis (19,9%). Entre os menores de um ano de idade, a principal causa de morte são os acidentes com ocupantes do veículo.
No Estado
Segundo um levantamento do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-ES), das 586 vítimas fatais em acidentes registrados em 2007, apenas 2,7% eram crianças com menos de 10 anos de idade, um total de 16. Contudo, mesmo com baixos índices de acidentes, o cuidado deve ser sempre redobrado, pois eles têm reações imprevisíveis.
“A formação de condutores cada vez mais conscientes da prática de cidadania e direitos iguais para todos é a maneira mais eficaz de mudar esse quadro no país”, salienta Luciene Becacici, que destaca ainda outro trabalho desenvolvido pelo órgão, que visa educar os futuros condutores do país, através do Programa Vida Urgente Espírito Santo. Desde janeiro deste ano, a sede do projeto já recebe alunos de escolas de ensino fundamental da Grande Vitória para apresentação da peça teatral ”Contadores de Histórias”, onde crianças aprendem brincando lições para um trânsito mais seguro.
Crianças com menos de 10 anos de idade devem atravessar a rua sempre acompanhadas de um adulto, que deve segurá-las firme pelo pulso e não pelas mãos. As mais velhas devem utilizar a faixa de pedestres sempre que disponível. Mesmo na faixa, a criança deve olhar várias vezes para os dois lados e atravessar em linha reta. Ao avistar um veículo, oriente-a a estender a mão para ser vista. Quando não houver faixa de pedestre, a criança deve procurar outros locais seguros para fazer a travessia, seja na esquina ou em passarelas ou próximo a lombadas eletrônicas.
Cuidados nos veículos
O desembarque de crianças, em carros, deve ser feito sempre pelo lado da calçada. Em motos elas só podem ser transportadas como caronas e apenas após os 10 anos de idade. Crianças também não devem sentar no banco da frente. Conforme foi apontado pelo Ministério da Saúde, a principal causa de mortes com menores de um ano de idade são as colisões com os próprios ocupantes. O uso de assentos adequados para as crianças pode reduzir essa realidade. Para cada idade existe um tipo de assento adequado para elas.
Cadeira tipo concha:
Ideal para ser usada do nascimento até os 8kg. Possui acessórios que fixam o pescoço do bebê mantendo o equilíbrio da criança. Deve ser instalado no sentido inverso da posição normal do banco do veículo, o que evita trancos em caso de freadas e colisões.
Cadeira fixa:
Pode ser usada até os quatro anos de idade ou os 18kg.Utilizada em crianças que já possuem o pleno equilíbrio da cabeça.
Cadeira fixa maior:
Igual à cadeira fixa, porém um pouco maior. Protege crianças de até 10 anos de idade.
Booster ou Banquinho auxiliar:
Prático e leve é indicado nas situações em que a cadeirinha tornou-se pequena.
Trata-se de um equipamento especialmente projetado para elevar a criança no banco do automóvel, permitindo que o cinto de segurança fique na posição correta.
Pode ser utilizado em substituição à cadeira fixa maior, entretanto não garante o mesmo conforto em trajetos longos.
Cinto de segurança:
O uso do cinto de segurança somente será indicado quando a criança ou adolescente estiver com altura de no mínimo 1,45m e conseguir sentar-se corretamente com os pés apoiados no piso. O cinto é inadequado quando sua faixa transversal cruzar o pescoço ou se a faixa sub-abdominal cruzar a região do estômago.
Cuidados no Transporte Escolar
Todas as crianças devem ficar sentadas, cada uma com seu cinto de segurança. É obrigatório que o veiculo apresente um termo de autorização fixado na parte frontal. Observe se o documento está em dia. Nas faixas laterais e traseira, com a palavra escolar, é obrigatório também o número de registro do Detran-ES.
O motorista deve portar um crachá de identificação preso à camisa. Essa é a garantia de que o condutor é habilitado e passou por treinamento específico para a atividade. No transporte de crianças até a 4ª série é obrigatória a presença de um auxiliar no embarque e desembarque, que também deverá portar um crachá de identificação.
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