Governo do Estado do Espírito Santo
23/09/2008 13h20 - Atualizado em
12/12/2017 11h04
Compromisso com a cidadania é tema de abertura da Semana Nacional de Trânsito
Cerca de mil pessoas participam da programação da Semana Nacional de Trânsito, na manhã desta terça-feira (26), no Centro de Convenções de Vitória. O evento, que tem como tema “A criança e o trânsito”, debate a participação dos diversos setores da sociedade, como a escola, a família, a mídia e o Estado, na formação dos futuros motoristas.
Participaram das palestras o jornalista Caco Barcellos; o médico e psiquiatra Içami Tiba; o doutor em Direito, Comunicação e Semiótica, Gabriel Chalita; e o antropólogo Roberto DaMatta. O governador do Estado, Paulo Hartung, também participou da programação.
A diretora geral do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-ES), Luciene Becacici, fez a abertura do evento e falou sobre a responsabilidade do Estado na educação de trânsito. “Precisamos incentivar uma grande mudança comportamental. Buscamos, junto com a escola, sociedade e os veículos de comunicação, maneiras de transformar as condições do trânsito de nosso Estado. Precisamos de uma revolução cultural”, ressaltou ela.
O governador Paulo Hartung falou durante a abertura do evento e ressaltou que as instituições governamentais têm muitas responsabilidades, mas não podem substituir a família na educação de seus filhos. “Precisamos de boas instituições públicas, que ofereçam serviços de qualidade para a população, porém necessitamos de famílias estruturadas, que sejam capazes de transmitir bons valores aos filhos. É a partir do núcleo familiar que a
criança precisa aprender a viver em sociedade”, afirmou.
Hartung destacou que a realização da Semana Nacional do Trânsito
é mais uma oportunidade de reflexão sobre a necessidade de se construir uma cultura de paz no trânsito. "Paralelo à realização de eventos como esse, o Governo vem desenvolvendo campanhas educativas, na Grande Vitória e no interior, inclusive com a importante participação de voluntários, para conscientizar motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres sobre a necessidade de obedecer às leis de trânsito", pontuou.
O compromisso dos cidadãos em geral com a questão da criança e o trânsito foi o tema da fala de Roberto DaMatta. O estudioso destacou a participação de todas as pessoas como agentes de educação. “A mobilidade é um elemento fundamental para a vida coletiva. Por isso o trânsito deve ser enxergado como um sistema de cidadania em que ninguém pode ficar de fora”, afirmou ele. DaMatta ainda destacou as conclusões de seu estudo sobre o comportamento do capixaba no trânsito, realizado no ano passado para o Detran-ES.
De forma descontraída e irreverente o psiquiatra Içami Tiba apresentou as diferenças entre homens e mulheres na condução. O palestrante frisou também que a maior responsabilidade da educação no trânsito tem que vir da família. “Se hoje nós reclamamos do trânsito, amanhã reclamaremos ainda mais, pois estaremos velhos, no banco de trás, com nossos filhos dirigindo”, disse.
Muito aplaudido pelos professores presentes, o educador Gabriel Chalita apontou como principal problema no trânsito a falta de habilidade das pessoas em enxergar o outro. “É preciso rever essa relação aparência/essência. Que sociedade é essa que não consegue acolher o outro? O primeiro objetivo da educação é formar pessoas”, enfatizou Gabriel.
Para o jornalista Caco Barcelos, existe no país uma cultura da violência que traz reflexos na criminalidade e nos acidentes de trânsito. Segundo ele, a mídia deve ter um papel mais forte nas apurações, pois os jornalistas tendem a aceitar informações que, em geral, são negativas para as camadas mais pobres da população, por conta da diferença de classes existente em nossa sociedade.
“Em uma pesquisa, a maioria das pessoas respondeu que o problema da violência está no outro. Entretanto, dados revelam que 80% das mortes por assassinatos envolvem pessoas conhecidas. Apenas 5% dos que matam no país são criminosos de baixa renda”, frisou.
Na tarde desta terça-feira são realizados fóruns de discussões sobre os temas relativos às palestras – que foram realizadas na parte da manhã - e fazem parte das atividades da Semana Nacional de Trânsito. Os fóruns prosseguem até as 17 horas.
Confira a programação dos fóruns de discussão:
O papel da sociedade na educação de trânsito: Roberto da Matta (Antropólogo e responsável pelo estudo contratado pelo Detran-ES).
O papel da família na educação de trânsito: Ítalo Campos (Psicanalista e membro da escola Lacaniana do ES)
O papel da escola na educação de trânsito: Vânia Carvalho de Aráujo (professora Doutora em educação da USP, e professora do Programa de Pós Graduação em Educação pela UFES.)
O papel da mídia na educação de trânsito: Rosa Blackman (Assessora de comunicação da Prefeitura de Vitória e professora da Faculdade Estácio de Sá).
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação do Detran-ES
Vivian Camargo
Tels.: (27) 3137-2627/ (27)9979-0642
viviancamargo@detran.es.gov.br
Vinícius Yungtay
(27)3137-2627/(27)9943-7060
viniciusyungtay@detran.es.gov.br
Texto: Hermano Drummond, Vinícius Yungtay e Thaís Barcelos
Daniel Simões
Assessoria de Imprensa Governo do Estado do Espírito Santo
Tels.: 27-3321-3691 / 27-9941-3723
Participaram das palestras o jornalista Caco Barcellos; o médico e psiquiatra Içami Tiba; o doutor em Direito, Comunicação e Semiótica, Gabriel Chalita; e o antropólogo Roberto DaMatta. O governador do Estado, Paulo Hartung, também participou da programação.
A diretora geral do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-ES), Luciene Becacici, fez a abertura do evento e falou sobre a responsabilidade do Estado na educação de trânsito. “Precisamos incentivar uma grande mudança comportamental. Buscamos, junto com a escola, sociedade e os veículos de comunicação, maneiras de transformar as condições do trânsito de nosso Estado. Precisamos de uma revolução cultural”, ressaltou ela.
O governador Paulo Hartung falou durante a abertura do evento e ressaltou que as instituições governamentais têm muitas responsabilidades, mas não podem substituir a família na educação de seus filhos. “Precisamos de boas instituições públicas, que ofereçam serviços de qualidade para a população, porém necessitamos de famílias estruturadas, que sejam capazes de transmitir bons valores aos filhos. É a partir do núcleo familiar que a
criança precisa aprender a viver em sociedade”, afirmou.
Hartung destacou que a realização da Semana Nacional do Trânsito
é mais uma oportunidade de reflexão sobre a necessidade de se construir uma cultura de paz no trânsito. "Paralelo à realização de eventos como esse, o Governo vem desenvolvendo campanhas educativas, na Grande Vitória e no interior, inclusive com a importante participação de voluntários, para conscientizar motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres sobre a necessidade de obedecer às leis de trânsito", pontuou.
O compromisso dos cidadãos em geral com a questão da criança e o trânsito foi o tema da fala de Roberto DaMatta. O estudioso destacou a participação de todas as pessoas como agentes de educação. “A mobilidade é um elemento fundamental para a vida coletiva. Por isso o trânsito deve ser enxergado como um sistema de cidadania em que ninguém pode ficar de fora”, afirmou ele. DaMatta ainda destacou as conclusões de seu estudo sobre o comportamento do capixaba no trânsito, realizado no ano passado para o Detran-ES.
De forma descontraída e irreverente o psiquiatra Içami Tiba apresentou as diferenças entre homens e mulheres na condução. O palestrante frisou também que a maior responsabilidade da educação no trânsito tem que vir da família. “Se hoje nós reclamamos do trânsito, amanhã reclamaremos ainda mais, pois estaremos velhos, no banco de trás, com nossos filhos dirigindo”, disse.
Muito aplaudido pelos professores presentes, o educador Gabriel Chalita apontou como principal problema no trânsito a falta de habilidade das pessoas em enxergar o outro. “É preciso rever essa relação aparência/essência. Que sociedade é essa que não consegue acolher o outro? O primeiro objetivo da educação é formar pessoas”, enfatizou Gabriel.
Para o jornalista Caco Barcelos, existe no país uma cultura da violência que traz reflexos na criminalidade e nos acidentes de trânsito. Segundo ele, a mídia deve ter um papel mais forte nas apurações, pois os jornalistas tendem a aceitar informações que, em geral, são negativas para as camadas mais pobres da população, por conta da diferença de classes existente em nossa sociedade.
“Em uma pesquisa, a maioria das pessoas respondeu que o problema da violência está no outro. Entretanto, dados revelam que 80% das mortes por assassinatos envolvem pessoas conhecidas. Apenas 5% dos que matam no país são criminosos de baixa renda”, frisou.
Na tarde desta terça-feira são realizados fóruns de discussões sobre os temas relativos às palestras – que foram realizadas na parte da manhã - e fazem parte das atividades da Semana Nacional de Trânsito. Os fóruns prosseguem até as 17 horas.
Confira a programação dos fóruns de discussão:
O papel da sociedade na educação de trânsito: Roberto da Matta (Antropólogo e responsável pelo estudo contratado pelo Detran-ES).
O papel da família na educação de trânsito: Ítalo Campos (Psicanalista e membro da escola Lacaniana do ES)
O papel da escola na educação de trânsito: Vânia Carvalho de Aráujo (professora Doutora em educação da USP, e professora do Programa de Pós Graduação em Educação pela UFES.)
O papel da mídia na educação de trânsito: Rosa Blackman (Assessora de comunicação da Prefeitura de Vitória e professora da Faculdade Estácio de Sá).
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação do Detran-ES
Vivian Camargo
Tels.: (27) 3137-2627/ (27)9979-0642
viviancamargo@detran.es.gov.br
Vinícius Yungtay
(27)3137-2627/(27)9943-7060
viniciusyungtay@detran.es.gov.br
Texto: Hermano Drummond, Vinícius Yungtay e Thaís Barcelos
Daniel Simões
Assessoria de Imprensa Governo do Estado do Espírito Santo
Tels.: 27-3321-3691 / 27-9941-3723