O Denatran vai aumentar a fiscalização dos veículos que têm películas sobre os vidros. A lei permite o uso dessa proteção, desde que ela não impeça a identificação do motorista.Para muitos, vidros escuros são uma arma contra a violência.
No Brasil é autorizado apenas o uso de películas que não dificultem a identificação de quem está dentro do carro. Nos vidros do motorista e do carona elas devem permitir a entrada de 70% da luz. Nos traseiros, 50% e no pára-brisa, 75%.
Se o veículo já sair de fábrica com o vidro da frente mais escuro, a colocação da película é proibida. Nas oficinas especializadas, os donos até alertam os clientes, mas a maioria dos motoristas opta pela película mais escura, a que permite só 5% de visibilidade.
Um aparelho que mede a transparência da película existe em alguns Detran’s do país, mas praticamente não é usado por falta de regulamentação.
O Conselho Nacional de Trânsito pediu ao Inmetro a criação de normas para padronizar a fabricação dos medidores e espera que em quatro meses os novos equipamentos estejam nas ruas auxiliando a fiscalização.
- Os usuários podem contestar a fiscalização, em geral o fazem, porque a fiscalização trabalha numa avaliação visual - disse Dilson Almeida, assessor do Denatran.
Atualmente, quando flagrado com película ilegal no veículo, o motorista é apenas advertido. O Detran afirma que ao descumprir a lei, o motorista pode estar correndo riscos.
- No próprio seqüestro relâmpago, uma película fora do padrão no carro impede que as pessoas possam verificar o que está acontecendo ou auxiliar na questão do pedido de socorro. Na questão da segurança no trânsito, no período da noite ou no período chuvoso ele fica sem a visibilidade, ele compromete a segurança da condução desse veículo - disse Silvain Fonseca, agente de trânsito.