Governo do Estado do Espírito Santo
26/07/2010 21h00 - Atualizado em 12/12/2017 10h18

Motociclistas reconhecem imprudência no trânsito


Uma pesquisa realizada pela empresa Enquet em 2009, a pedido do Departamento Estadual de Trânsito (Detran|ES), revela o comportamento dos motociclistas capixabas. A pesquisa mostra que os condutores de moto do Estado admitem que são os principais responsáveis pelos acidentes em que se envolvem.

Perguntados sobre a principal causa de acidentes envolvendo motos, 68,5% afirmaram ser a imprudência do próprio motociclista. A desobediência às leis de trânsito dos motociclistas é causada, segundo os entrevistados, devido à necessidade de rapidez e agilidade que o emprego e o dia a dia exigem.

Os motociclistas apontam que falta solidariedade no trânsito, principalmente entre motoristas de carro e de moto, mas também, entre os próprios motociclistas.

A pesquisa foi realizada em setembro de 2009, em 22 municípios do Estado. Foram entrevistados 2.380 motociclistas com idade entre 18 e 45 anos. Dos entrevistados, 69,4% usam o veículo para trabalho.

Discriminados

A maioria dos entrevistados disse que se sentem discriminados por serem motorista de moto. Os motociclistas se consideram desrespeitados pelos motoristas de ônibus, de carros, de táxis e de caminhão, que segundo eles, não consideram a motocicleta como um veículo que também dispõe de direitos no tráfego.

Os motociclistas também afirmaram que são desconsiderados pelos pedestres, que atravessam sem lembrar que as motos existem, fazendo com que os motociclistas tenham que redobrar a atenção no trânsito.

Leis de trânsito

A pesquisa mostrou também que 98,4% dos motociclistas têm conhecimento sobre as leis de trânsito, principalmente no que diz respeito às motos, mas reconhecem que são imprudentes. Em relação aos equipamentos de segurança, 82,7% dos motociclistas entrevistados afirmaram ter conhecimento sobre a importância de usá-los, mas muitos não o fazem na prática.

Dos entrevistados, 91,4% concordam que a moto é um veículo que representa alto risco de acidente. Perguntados, então, sobre o motivo para adquirir o veículo, a maioria citou a agilidade que a motocicleta proporciona, principalmente nos horários de pico, quando o trânsito fica congestionado e as facilidades relacionadas à aquisição do veículo.

Segundo eles, o financiamento facilitado e a ausência de um valor de entrada no pagamento permitem que muitos possam adquirir uma motocicleta.

Outro fator lembrado foi a inserção no mercado de trabalho. Segundo os entrevistados, ter moto significa ter um trabalho, principalmente para quem tem baixa escolaridade.

Fiscalização

Independente de terem sido abordados ou não em blitze da polícia, 92% dos entrevistados concorda totalmente com a realização dessas ações de fiscalização e que as mesmas ajudam a diminuir os acidentes de trânsito.
Em relação aos acidentes, mais da metade, 56,7%, disseram que já sofreram ou possuem familiares que já sofreram acidentes envolvendo motocicleta.

Corredores

Questionados sobre o uso dos corredores que se formam entre os carros no trânsito, todos admitiram passar pelo corredor. O motivo principal é ganhar mais agilidade no trânsito, principalmente para os que trabalham com o veículo.

Alguns chegaram a afirmar que a vantagem da moto é justamente andar pelo corredor. Os entrevistados consideram o corredor como um espaço legítimo dos motociclistas e não pensam em perder este espaço.

O Detran|ES orienta os motociclistas a não transitarem entre os veículos em movimento. O Código de Trânsito Brasileiro prevê que deve ser guardada distância lateral de segurança entre os veículos. Além de aumentar a chance de acidentes, os motociclistas ficam no ponto cego dos automóveis.

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